História
Imperatriz Tereza Cristina Maria de Bourbon - Duas Sicilias
Uma vila colonial da época do Império
A localidade batizada inicialmente de Villa de Santa Thereza ainda na época do Império, tem seus primeiros registros de ocupação econômica em 1850.
A colonização começou em 1885, por imigrantes italianos e poloneses que se instalaram às margens do Rio Taquari, na Linha José Júlio.
Santa Tereza tem um dos mais importantes núcleos de imigração italiana do Brasil. Sua arquitetura eclética mantém os elementos culturais trazidos do norte da Itália sendo frequentemente comparada à das aldeias dessa região.
Principal ligação
entre os municípios da
Serra e a Capital
O transporte na época, era feito por balsas pelo Rio Taquari, considerado um verdadeiro porto, uma vez que era a única ligação com outros municípios e a capital do Estado. Da capital vinham o sal, querosene, tecidos, ferramentas e, sobretudo, produtos manufaturados. As embarcações retornavam com produtos coloniais: carne, cachaça, banha, grãos, e também, alfafa (spagna) para a cavalhada da capital.
Cia Arnt de navegação Porto de Santa Tereza
Um polo comercial e cultural
Por conta dessa atividade, Santa Tereza atingiu níveis de desenvolvimento de negócios e iniciativas que eram características somente de cidades com maior população: possuía vários hotéis, alambiques, fábricas de queijos, cervejarias, refrigerantes, bebidas destiladas, além de uma olaria e de uma usina que fornecia energia para a população.
Também o cooperativismo teve força no município, atuando no escoamento e abastecimento de produtos, com atendimento médico e odontológico, na indústria, na telefonia e na eletrificação rural. Organizações comerciais, vários moinhos, hospital (Picinini), e também, casa de saúde (Settineri). Outro fator que aponta a relevância econômica da vila de Santa Tereza para o desenvolvimento regional é o fato de que o município já abrigou uma agência do Banco Nacional do Comércio, fundada em 1935, uma agência do Banco pelotense e do Banco do Estado do Rio Grande. No início do século XX, foi fundada uma das pioneiras fábricas de acordeões do Brasil, Appiani e Savoia.
